À Bordo do Kalua na Formidável Área do Açu e do Caçari

Matéria publicada no Fórum Pescaki em 07/03/2013 para documentar minha primeira experiência na pesca de tucunarés-açus na região do Rio Negro. Na jornada, acompanharam-me grandes e especiais amigos e o parceiro de barco foi o grande Amigo João Paulo, de Areado.

Com fotos de Bome e de João Paulo.

O Primeiro Contato

Depois de tranquila viagem a Manaus para em seguida ir a Barcelos, partiríamos para navegar rio acima em direção aos pontos de pesca.

A embarcação, enquanto ainda nos esperava no porto

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Embarcando

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Já acomodado, observava a paisagem e as coisas do lugar. Do amplo deck da embarcação, podia ver o porto se afastar e acompanhar tudo o que se passava.

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A espetacular aparição da imagem de uma grande castanheira na barranca denunciava estar em área amazônica. Igualmente maravilhosa e em contraste ao branco costado da embarcação, a cor muito escura da água do rio dava a outra pista, denunciando navegação no fantástico Rio Negro.

A imponente castanheira

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A meta era a região dos rios Aracá e Demeni para uma jornada aos tucunarés açus, mas se por um lado, pescar este maravilhoso peixe traduz-se em algo memorável, por outro, há a compensadora necessidade de navegar até os pontos de pesca, pelo que cada curva, cada canal, cada paranã acessados, proporcionam novidades sempre gratificantes aos olhos e ao espírito.

Para este servidor, cujo espírito embora já venha agraciado e gradativamente amaciado por inúmeras e inigualáveis passagens marcantes na vida, esta foi mais uma daquelas que certamente contribuíram para um pouco mais de engrandecimento. Ainda que já conhecesse outras partes da grande área amazônica, nunca tinha ido àquela, do Rio Negro e a ocorrência se manifestou de maneira impressionante no coração deste pescador.

A Região e a Área de Pesca

Pobre de espírito aquele que vai ao rio apenas com a ideia de capturar peixes, porque neste mister acaba por ficar sem observar incontáveis passagens e ocorrências naturais somente perceptíveis àqueles para isso preparados. Então, como a pesca não deve envolver apenas e tão somente a captura de peixes, é preciso estar atento às inúmeras oportunidades de conhecimento que nos vêm, ora ofertadas espontaneamente, ora precisando ser verdadeiramente garimpadas. Com isso, saltam aos olhos as imagens da presença da brava gente que lá vive, das espécies da fauna e flora locais, algumas com características únicas e muito especiais, ademais de também se notarem características geográficas muito diferentes daquelas às quais vimos acostumados.

A primeira grata constatação é de estar pescando em uma área gigantesca, num labirinto sem fim de ilhas, numa imensidão de água. Aliás, na região tudo é gigantesco, tanto as condições climáticas, as espécies arbóreas, quanto o volume de água dos rios. Em instantes, de uma calmaria quente e sufocante, porém recompensadora, pode-se estar sujeito à maior força já vista de intempéries. Tempestades vêm e vão celeremente. Na semana em que lá estivemos, já denunciando o ciclo das cheias, a chuva esteve presente em todas as saídas, inclusive à noite. Tivemos dias de chuva constante, calma, mas não chovendo direto e, sim em intervalos, ora de 30 minutos, ora de 10 minutos e assim se passava o dia, mas tivemos uma impressionante tempestade no último dia, algo que só não assusta porque antes disso é algo extremamente admirável.

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A área em que estivemos pescando fica na extremidade à montante de um grande arquipélago denominado Mariuá, praticamente idêntico às famosas Anavilhanas. Ali, o Rio Negro alarga-se impressionantemente para aconchegar centenas de ilhas em seu curso. Na maioria destas ilhas, toda a vegetação fica submersa durante cinco meses. Apenas as árvores mais altas ficam com a copa exposta e, seus troncos recebem água até a impressionante altura de cinco metros.

As famosas Anavilhanas

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O não menos maravilhoso Mariuá

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Com isso fica anunciado que lá, o jogo é bruto! Talvez seja até mesmo por isso que o ser humano quase não se faz presente. É rara a presença humana na região. De todo o percurso que fizemos acima de Barcelos avistamos apenas uma comunidade com pouquíssimas casas na margem direita. No rio, especialmente perto desta comunidade, vez ou outra se avista uma pequena embarcação, geralmente de piaçaveiros, gente que coleta rio acima esta importante fibra natural.

Algumas imagens da região

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Até o arco-íris quer sair em dobro

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Um sítio maravilhoso, cujo tempo passa ao sabor da lentidão da corrente do Negro, convidando à contemplação e também a um despreocupado namoro…

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Casal namorando despreocupadamente ao sabor da corrente do Rio Negro

A flora é exuberante! Há plantas que passam cinco meses completamente submersas sem sequer perder as folhas, como é o caso da maioria das plantas ribeirinhas. Dentre estas, uma em especial chamou-me a atenção. Perguntando sobre o camu-camu (Eugenia dubia) fui informado por Ian de que onde estávamos tratava-se de planta até bastante comum e por ali conhecida por caçari! Este pequeno fruto, parente da jabuticaba, de sabor ácido, porém delicioso, é o fruto de maior concentração de vitamina C que se tem notícia. Esta característica recém-descoberta trouxe-lhe notoriedade, pelo que já vem sendo produzido comercialmente, estando presente em alguns supermercados na forma de polpa.

E foi tentando retirar uma isca enroscada em um arbusto, que fui apresentado ao magnífico caçari. A planta, também muito parecida com uma pequena jabuticabeira, estava repleta de pequenos frutos ainda verdes. Depois de avistar a primeira, tornou-se muito fácil perceber as demais, na verdade, presente em quase toda a margem em alguns pontos. Não foi difícil então, localizar pés com muitos frutos maduros.

O caçari é maravilhoso! Todos os dias promovemos alguma colheita! O consumo variou desde in natura quanto em forma de suco e até de caipirinha, muito apreciada por todos a bordo do Kalua. Para este servidor, o caçari foi uma conquista comparável à conquista do tucunaré-açu! Ambos foram importantes! Ambos se igualaram em especialidade, justificando perfeitamente o título deste relato!

O maravilhoso caçari, ou camu-camu (Eugenia dubia)!

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A flora reserva ainda algumas surpresas

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Ademais, onipresente está a seringueira

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E as castanheiras

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A fauna, ao menos quanto aos mamíferos é mais difícil de ser notada, já que a região é frequentemente inundada. Com isso, as aves é que dominam e que mais se exibem por lá

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Alguns jacus-ciganas

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A jornada e os peixes

A jornada começou a delinear-se pelo primeiro contato com Ian Arthur de Sulock e Otavio Chaves, grandes pescadores e sócios do empreendimento Kalua, um espetacular barco-hotel que atua na região de Barcelos, centrado mais na pesca de tucunarés-açus, mas que também atua na pesca de grandes peixes de couro da região. Contando com o apoio e assistência destes amigos, fomos sabendo que estaríamos perfeitamente assistidos e não deu outra.

A equipe, desde o pessoal de serviços internos, passando pelo pessoal de atendimento como guias, até os administradores, é nota mil e foi de fundamental importância no sucesso da jornada, vez que dificuldades naturais como o repiquete se apresentaram, mas sabiamente contornadas por eles.

Naquelas águas há quatro espécies de tucunarés, sendo a maior, o tucunaré-açu (Cichcla temensis). Já dentre as espécies menores temos o tucunaré popoca (Cichcla monoculus), o tucunaré borboleta (Cichcla orinocencis) e o tucunaré tauá (Cichcla nigromaculatus). Centramos as jornadas na pesca de tucunarés-açus e, para isso foi necessário usar iscas de tamanhos maiores, mas nada impede que o açu se interesse por iscas menores, de sorte que capturamos grande açus em iscas de menor porte. Tivemos muitas ações com capturas, ademais de ações que resultaram em perda de iscas e também em perda somente dos peixes, que no caso do açu, quando resolve partir para galhadas quase sempre acaba escapando.

Chegamos justamente numa semana em que se destacava um repiquete, que se traduz em uma cheia repentina e não definitiva que costuma atrapalhar bastante os resultados em termos de peixe grande. Mas mesmo assim, diante do alto conhecimento e experiência dos guias, tivemos muito boas ações com muito boas capturas, conforme atestam as fotos mais abaixo.

O maior peixe que embarquei pesou 6,5 Kg e o meu amigo João Paulo, embarcou um de 7 Kg. No grupo todo, tivemos muitos peixes variando de 4 a 8 Kg, sendo que a amiga Bel fisgou um de 10 Kg. Todas as capturas atestaram o potencial do local, restando também comprovado que mesmo em período de repiquete é possível pescar grandes e bons peixes.

Seguem algumas fotos que identificam as espécies. Estes dois abaixo são o borboleta e o popoca. Quanto aos açus ficam para as fotos mais abaixo, vez que foram o foco da pescaria. Quanto ao tauá, não estamos seguros se fisgamos algum que seja da espécie, muito embora alguns dos menores fossem bastante parecidos. Deste modo, ficam faltando suas fotos.

Borboleta (Cichcla orinocencis)

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Popoca (Cichcla monoculus)

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Diante da ocorrência do temido repiquete, muito empenhada, a equipe do Kalua não mediu esforços para colocar-nos nos melhores pontos de pesca, sobretudo naqueles que denunciavam sinais de que ainda não tinham sido explorados. Entramos em várias lagoas, nas quais foi necessário uma equipe seguir à frente dotada de motosserra para cortar os troncos caídos nos igarapés, facilitando e permitindo o acesso. E foi justamente nestas lagoas isoladas tivemos as melhores ações.

Alguns pontos estavam já submersos

Outros permitiam ainda o acesso a algum lago isolado, ainda que usando motosserras

É importante destacar que aos pescadores pouco familiarizados com os trabalhos com iscas de hélice, sobretudo aquelas de grande porte, fica um pouco difícil aguentar por muito tempo o desgaste dos tendões e músculos da mão, do braço e do antebraço, de sorte que aqueles que sentem este tipo de problema é preciso alternar iscas de hélice com outras de menor arrasto e que causem menos desgaste nos trabalhos.

O trabalho da isca de hélice

Assim, como este servidor tem uma tendinopatia nos dois braços (30 anos de arremesso!), foi preciso alternar com outros tipos de iscas de superfície e, ao menos em alguns momentos do dia, passar a trabalhar algumas iscas menores de menos arrasto.

Com isso descobri gratificantemente que em momentos de descontração o pescador pode diminuir o tamanho das iscas resultando então, em inúmeras capturas de peixes menores com peso aproximado de um a dois quilos, especialmente das espécies de menor porte, mas pode também ser premiado com algum que outro açu. Então, a diminuição do tamanho da isca resulta em menos “qualidade” mas aumenta consideravelmente a produtividade.

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E foi assim que fisguei meu maior exemplar, pois, cansado dos trabalhos com as hélices, coloquei uma isca menor, uma Flash Minnow de 10,5cm para “brincar” um pouco com os popocas e borboletas e, foi numa dessas capturas que veio o maior para tomar a isca do menor, resultando em dois peixes fisgados, que pela luta empreendida pelo maior acabou rompendo o split ring da garatéia traseira da isca, onde estava fisgado o peixe menor, enquanto que permaneceu o maior na garatéia da barriga da isca. Foi uma festa! E foi também uma grande gozação do pessoal, me “acusando” de estar pescando com isca viva… Diabo de gente sacana! Mas que foi bonito, isso, foi!

Fotos dos açus e dos pacas (os dois são da mesma espécie – Cichcla temensis – em fases diferentes da vida)

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Na foto abaixo, o peixe está na vertical apenas para que se pudesse averiguar seu peso, de maneira que a contenção não pode ser nesta posição, senão por curtíssimo tempo.

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O Barco-hotel “Kalua” e o Barco de Apoio “Tempestade”

O Barco Kalua é um empreendimento de sucesso, vez que partindo da iniciativa de gente que entende de pesca, entendendo também da fantástica região onde atua, não poderia ser diferente.

Aportando para o embarque

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A embarcação está preparada para receber até oito duplas de pescadores, contando com oito confortáveis cabines com duas camas, banheiro com chuveiro e ar condicionado, tudo muito limpo e bem cuidado, o que torna a jornada bastante confortável, sobretudo depois de um dia de pesca sob forte sol, com memoráveis brigas com os peixes e que em conjunto com as demais condições acabam por cansar o pescador.

Há também um grande deck que permite um visual incrível a partir do barco.

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Contudo, há também a área de lazer interna, onde no final de cada jornada já fica à espera do pescador uma farta mesa de frios, salgadinhos e iscas de peixe, regados ao que de melhor o pescador tem para escolher, para um repasto antes do jantar, que é servido em outra sala ampla destinada somente às refeições.



Tivemos até um “luau” numa belíssima e alva praia, sempre preparado pela formidável equipe da embarcação

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Durante todo período de estadia, seguimos acompanhados pelo barco de apoio “Tempestade”, o que traz bastante segurança, tranquilidade e garante total abastecimento do barco principal.

O valente barco de apoio

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O Kalua e o “Tempestade” na praia

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Aspectos do barco principal

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Com isso, sem medo de errar, estivemos hospedados em uma ótima opção para uma jornada aos açus amazônicos.

O Grupo

Nosso grupo pode ser classificado como especial porque estivemos reunidos grandes amigos de longa data, que por sua vez se tornaram também grandes amigos daqueles que não se conheciam entre si. Enfim, foi uma semana de completa harmonia e aprendizado, ademais de ótimo convívio entre todos.

Com isso quero deixar meus cumprimentos e agradecimentos para o parceirão João Paulo, com quem pesquei durante toda a jornada. Tratando-se de grande pescador e melhor pessoa, teve a dura missão de aturar o “Tio Bome” durante toda a semana.

De mesmo modo, cumprimento e agradeço aos quatro amigos de velha data, Mazzeo “Malucoooo”, Adriano, Juliano Valério e Bruno Gaúcho, todos de Jacareí, que são gente da melhor espécie e grandes companheiros em qualquer jornada.

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Igualmente apreciada foi a companhia de Bel e Serginho Pellizzer, este casal sensacional de quem me tornei fã desde os princípios do Pescaki por admirar-lhes a forma descontraída de cativar os amigos, ademais de serem ótimos pescadores, a quem também deixo cumprimentos e agradecimentos.

Obviamente que seguindo nos cumprimentos e agradecimentos, vêm as figuras ímpares de Lusca Pacheco, apresentador do Programa Pesca Alternativa e o Grande Zacarias, fiel e competente câmera, o grande criador daquelas imagens espetaculares comuns ao programa.

Cumprimento e agradeço também aos Caboclos IanOtávioMegalexandre e Edmilson, do Kalua, agradecendo e cumprimentando a todos os trabalhadores e trabalhadoras (uma equipe enorme, creio até que com mais de 20 pessoas!) que nos propiciaram inigualável estadia, deixando parabéns e forte abraço a todos.


Finalmente, deixar um agradecimento muito especial para nosso guia, o Grande Carlinhos (este, é O Cara!), que não mediu esforços no sentido de nos proporcionar jornada do naipe que nos foi ofertada. Para os dois caipiras que assistiu durante a semana, tornou-se simplesmente “Carlim” e um grande amigo a quem queremos preservar e rever tão logo seja possível.

Carlim


Otavio (de costas), Serginho, Ian, Lusca, Bome e Bruno Gaúcho




Equipamento recomendado

Varas:
Varas de 5,6 a 6,0 pés de comprimento, de ação rápida, ou médio para rápida, para linhas de 20 a 25 libras. O ideal é levar três equipamentos, sendo um de 20 libras, e dois de 25 libras. Eu levei até mais, inclusive de menor libragem, mas na verdade, o que precisa mesmo é a primeira sugestão. O primeiro, de 20 libras é uma boa pedida para aqueles momentos de peixes menores, enquanto que os demais ficam para os trabalhos com iscas maiores e mais pesadas, especialmente de superfície. Todas as varas que utilizei são de minha própria montagem, dentro das especificações acima.

Iscas:
Por lá, as iscas que fazem o maior sucesso são as de hélice, sobretudo as Rip Roller, da High Roller, especialmente aquelas de maior porte, pesadas, mas existem algumas marcas brasileiras que já se fazem competir e, muito bem, com a vantagem de não necessitarem de trabalho tão estafante. Como notarão, algumas aparecem nas fotos. Há momentos em que as iscas de hélice parecem ser as únicas a funcionar. Entretanto, o trabalho estafante deste tipo de isca pode acarretar dificuldades quando o braço do pescador começar a ressentir-se dos exagerados movimentos empregados. Então, não podem faltar na caixa outras iscas de trabalhos diferentes, mais fáceis, muito embora também apreciadas pelos açus. Assim, grandes iscas de trabalho tipo zara são bastante recomendáveis, de mesma maneira que também o são, grandes poppers, grandes sticks e grandes iscas de sub-superfície, as chamadas iscas twich-baits.

Há também a necessidade de levar algumas iscas de menor porte para aqueles momentos de descontração e descanso do trabalho das iscas mais pesadas. Embora isso resulte em capturas de peixes menores, resulta também em muito maior número de capturas, o que pode, dependendo do pescador, vir a agradar tanto quanto pescar os grandes. Então é preciso optar por qualidade, ou por quantidade!

Equipamento de recolhimento:
Estes equipamentos precisam estar equilibrados com as varas e iscas com as quais vão trabalhar em conjunto, de sorte que precisam ter capacidade de recolhimento mais rápido de linha quando se usam iscas de hélices, enquanto que precisam ser capazes de suportar as corridas dos grandes açus, de sorte que se tornam muito imporantes, a ponto de merecerem especial atenção na hora da eleição pelo pescador. Minhas carretilhas foram duas Scorpion MG 50, duas Curado E-7 e uma Curado G-7. Todas se comportaram muito bem com os açus.

Linha:
As melhores linhas para este tipo de pesca são as de multifilamento, devendo ser de resistência superior a 40 libras de teste. O pescador até pode usar linhas de menor resistência, mas deverá estar preparado para alguma que outra perda! É melhor garantir-se e usar de 50 libras para mais.

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2 comentários em “À Bordo do Kalua na Formidável Área do Açu e do Caçari

  1. Maravilhoso relato Bome, viajei lendo-o e nas palavras senti a emoção deste primeiro contato que tiveste e penso que a tua adrenalina chegou no pico máximo possível,as imagens são fantasticas e ao observa-las passado alguns tempos os olhos detectam detalhes que talvez tenham não visto anteriormente.Parabéns! e obrigado por me proporcionar esse conhecimento do nosso País.

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