Matéria publicada no Fórum Pescaki em 02/02/2012
Quando o coração começa a dar mostras de amuar-se e o espírito a inquietar-se, já sei que preciso ir para Areado! Toda vez é assim, preciso ir àquelas paragens mineiras para matar a saudade, banhar os olhos com as maravilhosas paisagens do lugar, adoçar o ouvido com o maravilhoso som do sotaque do especial povo do sul de Minas trazendo à lembrança os tempos de infância vivida ali por perto, distribuir e receber abraços verdadeiramente sinceros e, também, aguçar as qualidades de pescador indo em busca dos Azuis de Furnas!
Ficamos hospedados em uma colônia de férias, às margens da represa, onde há uma boa estrutura de hospedagem, com boas opções de lazer e atividades.
A jornada foi de cinco dias, nos quais pude desfrutar de especialíssimas companhias nas pescarias, tais como de minha mulher Lúcia que preferiu a piscina e pesca em tablado e quase não pescou tucunas, de meu irmão Mario que também quase não pescou restando sem peixe para exibir, de Sr. Arlindo, de Manoel, de Caborja, de João Paulo e de Kilder, do Peskbem. Fisgamos bons peixes, muito embora os meus dois maiores tenham ficado na faixa de 2,5Kg de peso, o que para a região já significa peixe de bom padrão. Todavia, a quantidade acabou por compensar a falta dos maiores, o que já nos serviu para lavar a alma e poder também compartilhar jornadas com amigos muito mais que especiais que sempre buscam estar juntos, estando também sempre dispostos a nos fornecer dicas e informações úteis às nossas pretensões.
Assim sendo, reservei algumas fotos, desculpando-me de antemão por tratarem-se de fotos a partir do celular, pelo que nem sempre imperou a necessária qualidade, mas que por fim servirão para ilustrar a jornada satisfatoriamente.
Quando menciono paisagens, estou me referindo a isso:
Como podemos perceber, só as paisagens do lugar já nos proporcionam recompensa pela viagem! Ô lugarzão danado de bonito!
Quando menciono a especial gente que nos acompanhou, me refiro a isso:
As fotos ilustram um tremendo churrasco que fizemos no rancho de Sr. Arlindo, ao lado das dependências da colônia de férias. Ali, além de todos os pescadores, as Famílias se juntaram e promoveram uma festa maravilhosa. Ainda que no momento muito chovia imperou o grande convívio de gente realmente especial a ponto de já promover muita saudade.
Por outro lado, em uma noite, promovemos à convite do violeiro Edinho de Areado, uma roda de viola no bar/restaurante/pousada de nosso amigo Paulo, um cozinheiro campeão em comida verdadeiramente mineira.
O diabo é que o danado do violeiro não levou a viola e o que era para ser uma roda de viola transformou-se em uma roda de bate-papo dos bons e até rodada de truco, com alguma que outra boa canção cantada sem viola, mesmo! Tudo isso regado à bebida do gosto de cada um acompanhando um delicioso torresmo à pururuca que só Paulo faz igual, filé de tilápia e arroz com feijão colhido no dia. E todos gostaram! Onde mais se poderia pensar num caso desses? Roda de viola sem viola; torresmo com feijão colhido no dia, truco, gente de valioso naipe… somente em Areado, uai!
Aqui, Edinho subindo em uma mesa (como podem ver a mesa é forte, uai!) porque o celular não apresentava serviço fácil para tentar ver se algum amigo lhe emprestava uma viola… só em Areado mesmo, uai! Diabo de violeiro folgado, sô!
Quando menciono pesca, podemos ver Lúcia pescando desde o tablado, usufruindo da captura de muitas tilápias e lambaris em companhia de Nice, mulher de Sr. Arlindo, de minha cunhada Helena e de meu amigo-irmão José Jorge.
No primeiro dia nem bem chegamos, almoçamos rápido e saímos para tentar algum tucuna ali mesmo por perto da pousada. Resultou que logo depois de me escapar um grande tucuna, consegui fisgar um belo exemplar de tabarana, para logo em seguida estrear um tucunaré de respeito
Nos dias seguintes alternaram-se boas jornadas com jornadas quase sem peixes de qualidade, mas sempre muito prazerosas, pelo que, as fotos devem representar melhor que qualquer palavra
Sr. Arlindo e uma bela peça capturada
No último dia acabei ficando mais folgado, aproveitando mais a companhia de Lúcia na piscina, de maneira que acabei relaxando no horário de pesca, ainda que precisasse retirar o barco logo, porque precisava prepará-lo para a viagem bem cedo no dia seguinte. Para complicar caiu uma tremenda tempestade. Assim sendo, aproveitaria apenas para despedir-me da represa e do lugar, dedicando pensamentos positivos para a mantença daquela beleza ímpar, bem como incluindo todas as pessoas do lugar e daquelas que ali estavam, ainda que de passagem, como nós.
Como que para premiar meus pensamentos, um belo arco-íris apresentou-se magnificamente, pelo que seria demais pedir qualquer coisa além disso!
Entretanto, concluída a intenção de pensamentos positivos para tudo e para todos, verifiquei que dava tempo de alguns arremessos, mas não pude sair longe, de maneira que fui ali mesmo em frente à pousada, na outra margem para cumprir este intento.
E não é que saí premiado???
Como estava sozinho voltei à margem da pousada para que Sr. Arlindo me tirasse a foto e, depois, retornei para o ponto onde o capturei para a devida devolução
Com estas imagens me despeço de Areado, de sua especial gente, do som maravilhoso de seu sotaque e das magníficas paisagens que muito nos embeveceram, com a certeza de que muito em breve lá retornarei!
Que mais pode um pescador querer em sua vida? Nada mais! Só agradecer, porque isso já é suficiente, uai!
Deixo um grande e especial abraço para todos que participaram destes especiais dias, Lúcia, minha cara-metade, Arlindo, Nice, Manoel, Priscila, Caborja, Gislaine, Luiza, Kilder, João Paulo, Mario, Helena, Zé Jorge, a especialíssima Rosa, Felipe, Rodrigo, Rafa Fassin, Sidney Fassin, Celinho, Douglas, Fabio e todos os funcionários da Colônia de Férias em Areado!
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