Revista Troféu Pesca – Edição nº 202 – Outubro/1996

Edição nº 202, de Outubro de 1996, da extinta Troféu Pesca, quando, em Família, fiz uma belíssima jornada no Pantanal Matogrossense. Época de grandes jornadas naquela região, onde campeava total ignorância quanto ao uso das iscas artificiais e praticamente nada se praticava de pesca esportiva com liberação do peixe na Natureza. Sempre me despeço das jornadas de pesca de forma melancólica e entristecida mas nesta jornada, a chateação pela despedida do lugar ficou bastante amenizada pelo presente que a árvore canafístula-do-pantanal me proporcionou e deixei isso registrado no texto. Afinal, todos sabemos que pescaria não é só pegar peixe!

Depois daquela época o Pantanal sofreu grande impacto quanto à pesca, com notória diminuição de quantidade de peixes, bem como uma visível diminuição do porte dos peixes pescados, de maneira que nunca mais voltou a ser como antes. No meu entender isso decorre do conluio de uma série de ocorrências, como uma política equivocada no trato com o potencial turístico de pesca; a aplicação de uma legislação “de proteção” às espécies apenas por tamanho mínimo, falta de fiscalização, aliados a uma proteção inadequada ao pescador profissional, bem como, descuidada política de produção pecuária e a desastrosa decisão de tornar o Rio Paraguai navegável com a grave aceitação de tráfego de enormes chatas fora de um padrão aceitável para as condições do rio, o que veio a afetar o equilíbrio de secas e cheias na região, afetando todo o ecossistema.

A área do Porto Cercado, bem como grande área em seu redor, foi mais tarde adquirida pelo SESC, que numa atitude louvável, lá, bem no local onde era o hotel em que nos hospedamos, edificou e montou uma enorme operação de hospedagem e turismo pantaneiro, todavia, sem proveito da atividade da pesca esportiva. No entanto, verifica-se um grande avanço em termos de preservação das áreas ribeirinhas, bem como acabou levando emprego e renda para a população do lugar.

Resulta então, que atualmente o local vem bastante diferente do que era na época da matéria.

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6 comentários em “Revista Troféu Pesca – Edição nº 202 – Outubro/1996

  1. Grande Bomediano , faço crer que estejam todos na Santa Paz, e que sua ausência desde esta ultima postagem seja de lazer para novas publicações. Não sou muito durão quantos aos sentimentos de amizades, mesmo que virtual, é uma necessidade inata de saber que estou bem quando todos estão bem, afinal somos feitos de carne, sangue, músculos nervos e emoções. Abraços!

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    1. Grande Roque, a ausência se deu em razão de alguns contratempos, mas nada sério. Agora, já voltarei a colocar a casa em ordem de novo, além do que, no dia 14 estarei em Areado em busca dos azulões para mais uma matéria sobre aquela maravilha de local. Me alegra saber que o amigo está bem! Forte abraço!

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    2. Salve meu caro amigo Roque! Muito feliz por saber que está bem. Ainda não lhe enviei aquela “encomenda” porque tive uma série de imprevistos nos últimos meses, desde problemas com meu carro até COVID. Assim que puder, vou postar seu pacote nos Correios.

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  2. Meu amigo, peço licença pra deixar registrado que senti um… digamos, alívio, ao perceber que de maneira muito parecida à sua, sinto alguma tristeza e melancolia ao fim das pescarias, sejam elas de um ou mais dias. Ontem mesmo pensava nisso e me pergunto se nos últimos tempos venho inventando desculpas para não pescar a fim de tão somente evitar esse estranho sentimento.
    Muito provavelmente esteja relacionado ainda ao lugar vazio no barco deixado pelo meu pai (mesmo já com quase 30 anos desde sua passagem) ou, no meu caso (um carioca criado em ilha morando a 350km do mar) a pouca afinidade com a água doce. Mas, lendo sua linda e saudosa matéria, me senti transportado novamente ao século passado, quando eu e meu pai líamos todas aquelas maravilhosas revistas que incluíam a Troféu Pesca, Pescador e as primeiras edições da Pesca & Cia.
    Adorei ver a foto com as lindas e clássicas Bomber e, se não me engano, uma Rapala ali no meio delas. Ainda tenho bastante delas nas minhas caixas, Bomber verde limão, preta e prata, Long A…
    Obrigado por nos trazer de volta aqueles excepcionais tempos e, principalmente, por manter viva parte da história das edições de pesca esportiva no Brasil. Um grande abraço!

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    1. Grande Fred, grato por tão belas palavras! Não pode passar despercebida tua homenagem ao teu Pai quando reverentemente lhe atribui um lugar vazio no barco! Isso é muito especial!

      A isca entre as Bomber é uma Cotton Cordell Red Fin, que aliás, em uma versão menor que a da foto (Red Fin 900), me rendeu o primeiro peixe capturado em uma isca artificial no segundo lustro dos Anos 1980. Ainda tenho estas iscas na galeria das minhas emblemáticas rssss. Forte abraço!

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      1. Cotton Cordell!!! Nossa, eram meio que iscas “cult” há 30~40 anos atrás. Como não atentei ao detalhe da barbela na mesma cor do corpo da isca? O formato até lembrava mas esse detalhe da barbela colorida era especial, já que as Rapala sempre tinham as barbelas transparentes ou de metal.
        Pois é, o “véio” faz falta, assim como minha mãe. Mas, é como a vida é e nada podemos fazer a respeito disso a não ser tê-los em memória.
        E eu é quem deve agradecer pela publicação destas viagens no tempo! Um forte abraço!

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